Última alteração: 2013-10-11
Resumo
Com o incremento das novas TICs – Tecnologias de Informação e Comunicação e o avanço da internet, não faltam previsões apocalípticas sobre o fim da televisão como hoje conhecemos. Segundo essas previsões, as pessoas deixarão de se sentar à frente da TV e não mais serão conduzidas pela programação das emissoras. “Faremos nossa própria programação”, prevê uma das mais populares profecias. Um forte argumento nesse sentido é a comprovação de que a juventude já mostra desapego às grades de programação e ao aparelho de TV e apego crescente aos PCs, notebooks, tablets e smartphones. No entanto, estará a TV em seu réquiem como principal fonte global de acesso à informação? Este artigo conclui que, ao contrário, a televisão está e ficará cada vez mais forte. Os argumentos para a construção desta tese parte da análise de pesquisas e estudos do comportamento de consumo dos telespectadores e as tendências apontadas até o momento. A premissa é que tais profecias levam em conta apenas os avanços tecnológicos e os atuais números quantitativos da indústria de TIC, sem acrescentar na equação as variáveis que vêm construindo hábitos de consumo ligados aos processos comunicacionais ao longo dos séculos XX e XXI, como a sociabilização no uso dos instrumentos e seus rituais, a gratuidade como diferencial de consumo, a necessidade da informação inédita como instrumento de construção de status, e as diferenças de motivações e percepções entre juventude e maturidade. Além disso, a própria história social da mídia demonstra que nenhum veículo de comunicação com grande poder de persuasão desaparece, sendo fortalecido pelos que surgem e aprimorando, ao longo de sua evolução, as próprias redes globais de comunicação.
Palavras-chave
Televisão. Comportamento. TIC. Hábito. Comunicação. Informação.