Faculdade de Letras da Universidade do Porto - OCS, I Congresso ISKO Espanha e Portugal / XI Congresso ISKO Espanha

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DIRETRIZES PARA ANÁLISE CONCEITUAL: as perspectivas de Hjorland, Dahlberg e Lakoff
Rafael Aparecido Moron Semidão, Carlos Cândido de Almeida, Walter Moreira

Última alteração: 2013-09-09

Resumo


O que se depreende, prima facie, dos modos de articulação conceitual perspectivados na organização do conhecimento, é uma esquemática terminológica com alcance operacional amplo. Não obstante, são notórios os esforços para estabelecer o estatuto epistemológico da organização do conhecimento por meio, dentre outros expedientes, da atribuição de vínculos teóricos entre correntes de pensamento e a esfera de atuação da organização do conhecimento. A situação da organização do conhecimento, nesse sentido, poderia ser descrita como tensional, vez que requer, de um lado, uma capacidade adaptativa e contextual – identificada com o relativismo funcional da esquemática terminológica – e, de outro lado, a busca por fundamentos teóricos consistentes para compreender e explicar a natureza dos conceitos – em consonância com o esforço epistemológico de vinculação e esclarecimento de domínios. Em respeito a essa natureza tensional da organização do conhecimento, uma forma de articulação conceitual expressiva de tal natureza necessitaria ser, ao mesmo tempo, adaptativa e fundamentada, contextual e geral, enfim, espelhar um domínio específico e se referenciar em um lastro teórico geral e historicamente identificado. Este trabalho objetiva analisar as perspectivas da análise dos conceitos trazidas no bojo das teorias de Hjorland (2009) , Dahlberg (1978) e Lakoff (1990) para amparar uma reflexão sobre a análise do conceito no âmbito da organização do conhecimento. A proposta teórico-bibliográfica pretendeu examinar o que se entende por conceito e análise conceitual para os teóricos. Esse trabalho conceitual com base histórico-teórica de identificação conceitual possibilitará o mais amplo e fundamentado esclarecimento dos conceitos com suas raízes teóricas e domínios que favoreceram sua emergência. Com isso, foi possível alcançar algumas diretrizes, a saber: é necessário “nutrir” semanticamente os conceitos com mais propriedades referentes ao seu domínio original com todo potencial descritivo e explicativo que ele transporta.

Palavras-chave

Conceito. Análise Conceitual. Organização do Conhecimento.