Faculdade de Letras da Universidade do Porto - OCS, MEDINFOR VI - A Medicina na Era da Informação

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Saúde Digital: Fake-News e a questão da qualidade da informação
Andre Pereira Neto

Última alteração: 2023-08-14

Resumo


As midias digitais estão cada vez mais presentes no dia a dia de muitos de nós, sobretudo com a popularização dos dispositivos móveis. Este fenômeno social está promovendo novos desafios para pesquisadores, profissionais de saúde, pacientes e cuidadores, bem como cria novas possibilidades para todos. A informação de saúde de qualidade disponível na internet pode contribuir para a adesão ao tratamento, a autonomia do sujeito e a redução dos custos e do tempo no atendimento e tratamento. A informação falsa, desatualizada ou incomprensível pode gerar problemas muitas vezes irreversíveis para o cidadão, causar dano ou levar a óbito.   Está cada vez mais difícil pensar em um cenário em que a saúde prescinda de informações de qualidade, atualizadas e compreensiveis em suas rotinas, ações e estratégias. A questão da qualidade da informação de saúde na Internet é um dos principais desafios a serem enfrentados na atualidade. Boa parte dos estudos nessa área não leva em consideração as evidências científicas recentes. Eles se baseam no consenso entre  especialsitas, que muitas vezes são os prórprios autores dos estudos. Esta comunicação visa apresentar um proposta metodológica de avaliação da qualidade da informação em sites de saúde inspirada na Medicina Baseada em Evidencias e no ponto de vista do usuário final da informação. Ela tambem irá apresentar os resultados recentes de pesquisas que indicam que muitos sites públicos ou de interesse público brasileiros e estrangeiros não atendem aos critérios míninos de qualidade. Assim, o enfrentamento do problema da FakeNews na Saúde Digital não deve ser visto no combate às informações deliberadamente falsas que visam causar dano. Instituições dignas de respeito publicam informações de saúde desatualizads, incompletas ou incorretas sem se darem conta que estão fazendo isso.  Agencias publicas e privadas, "policy makers" e editores de revistas academicas tambem não se convenceram da centralidade deste tema e da necessidade de enfrentar este problema.