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A AÇÃO DA BIBLIOTERAPIA EM PACIENTES ONCOLÓGICOS: UMA EXPERIÊNCIA EM HOSPITAL PEDIÁTRICO
Última alteração: 2025-04-10
Resumo
A educação tem sido inserida em diversos contextos os quais propiciam oaprender de forma significativa em espaço escolar e não escolar, bem como,transformações atualmente enfrentadas na formação do pedagogo que vemganhando significativo espaço em vários setores no Brasil. O presente trabalhosurge da experiência da utilização de fontes informacionais como livros infanto-juvenis para o desenvolvimento da atividade de Contação de Histórias (CH) emum hospital infantil que trata de pacientes oncológicos. O valor terapêutico daleitura é resaltado por Deberti Martins (2011) pois ela “é geradora de múltiplosvínculos: do leitor com o escritor, do que lê com o ouvinte e com outraspessoas que tenham lido”. Assim, a ação de ler pode ser entendida como umaespécie de terapia, na qual o terapeuta é o objeto lido (Caldin, 2001).Todavia, neste trabalho será focalizado o tema da leitura em seu significadomais amplo, como um processo de representação, que envolve o sentido davisão, atribuição de significado, cognição, apropriação e interpretação particulardo lido. Sendo assim, ler é, na sua essência, olhar para uma coisa e ver outra,indo ao encontro do que é apontado por Hillesheim et al (2011), como oterceiro nível de leitura, quando o leitor com sua interpretação dá novossentidos ao texto. No Brasil, a prática de contar histórias começou a fazer partedo cotidiano das bibliotecas na década de 1980 (FRAGOSO, 2007), tendocomo base as histórias literárias como uma forma de incentivar o públicoinfanto-juvenil a frequentar seus espaços e a estimular neles o hábito de leitura.Este tipo de prática narrativa alcançou sucesso também em outros ambientes ecom um público diferenciado, como asilos, hospitais.A leitura empregada como recurso terapêutico foi discutida no mundo científicoem 1949, por Caroline Shrodes, primeira doutora no assunto, definindo em sua
tese a Biblioterapia como a prescrição de materiais de leitura que auxiliam odesenvolvimento da maturidade e que nutre e mantém a saúde mental(RIBEIRO, 2006). O termo biblioterapia foi cunhado pelo norte-americanoSamuel McChord Crothers, em artigo publicado em 1916 onde se refere àBiblioterapia como uma nova ciência. O autor ressaltou: “Durante o último ano,tenho trabalhado em um sistema de Biblioterapêutico. Não presto muitaatenção às classificações puramente literárias ou históricas. […] Eu sópergunto: ‘Qual é o seu valor terapêutico?” (CROTHERS, 1917).Diante das muitas cicatrizes que o adoecer nos permite experimentar, estarnesse processo de tratamento biblioterapéutico é, sem dúvida, um desafio atodos os sentimentos existentes e permitidos a uma criança. A partir destecontexto, vivenciamos essa prática como ferramenta para trabalhar algunssentimentos que se tornavam evidentes, como dor, tristeza, alegria, medo,angústia, fome, desejo, vontade e vergonha. Uma das práticas é a presença dahistória como elemento lúdico e terapêutico, amenizando similares sentimentosdos descritos, favorecendo o aprender e a aprendizagem. Com aPsicopedagogia e a Pedagogia Hospitalar (PH), constroem-se novos espaçosem hospitais e clínicas, ampliando a atuação conjunta do pedagogo e doprofissional da informação ao alcance de outras dimensções para além doambiente de saúde e da própria Escola. Aliado a essa ação, o conhecimentopsicopedagógico poderá contribuir para o fortalecimento emocional, a paritr darealização de estratégias para melhorar e ampliar novos esquemas cognitivos.Utilizamos alguns autores que ressaltam a experiência de atividades lúdicas,da CH no ambiente hospitalar, permitindo a interação e a socialização dospacientes pediátricos, além de possibilitar mecanismos de enfrentamento dador e de dias prolongados no internamento e das traumáticas quimioterapias,conforme debates de estudiosos como BETTELHEIM (1978); LAJOLO (2001);MACHADO (2002), FONSECA (2003), levando em conta a importância do perfildo professor mediador e do profissional da informação no ambiente hospitalar.OBJETIVA-SE, portanto, apresentar vivências sobre a atuação conjunta eintedisciplinar do pedagogo com o profissional da informação, bem como autilização da CH no processo de tratamento e cura em um hospital pediátricoem Feira de Santana, Bahia, Brasil, fundamentando-se em teóricos quedefendem essa temática.
tese a Biblioterapia como a prescrição de materiais de leitura que auxiliam odesenvolvimento da maturidade e que nutre e mantém a saúde mental(RIBEIRO, 2006). O termo biblioterapia foi cunhado pelo norte-americanoSamuel McChord Crothers, em artigo publicado em 1916 onde se refere àBiblioterapia como uma nova ciência. O autor ressaltou: “Durante o último ano,tenho trabalhado em um sistema de Biblioterapêutico. Não presto muitaatenção às classificações puramente literárias ou históricas. […] Eu sópergunto: ‘Qual é o seu valor terapêutico?” (CROTHERS, 1917).Diante das muitas cicatrizes que o adoecer nos permite experimentar, estarnesse processo de tratamento biblioterapéutico é, sem dúvida, um desafio atodos os sentimentos existentes e permitidos a uma criança. A partir destecontexto, vivenciamos essa prática como ferramenta para trabalhar algunssentimentos que se tornavam evidentes, como dor, tristeza, alegria, medo,angústia, fome, desejo, vontade e vergonha. Uma das práticas é a presença dahistória como elemento lúdico e terapêutico, amenizando similares sentimentosdos descritos, favorecendo o aprender e a aprendizagem. Com aPsicopedagogia e a Pedagogia Hospitalar (PH), constroem-se novos espaçosem hospitais e clínicas, ampliando a atuação conjunta do pedagogo e doprofissional da informação ao alcance de outras dimensções para além doambiente de saúde e da própria Escola. Aliado a essa ação, o conhecimentopsicopedagógico poderá contribuir para o fortalecimento emocional, a paritr darealização de estratégias para melhorar e ampliar novos esquemas cognitivos.Utilizamos alguns autores que ressaltam a experiência de atividades lúdicas,da CH no ambiente hospitalar, permitindo a interação e a socialização dospacientes pediátricos, além de possibilitar mecanismos de enfrentamento dador e de dias prolongados no internamento e das traumáticas quimioterapias,conforme debates de estudiosos como BETTELHEIM (1978); LAJOLO (2001);MACHADO (2002), FONSECA (2003), levando em conta a importância do perfildo professor mediador e do profissional da informação no ambiente hospitalar.OBJETIVA-SE, portanto, apresentar vivências sobre a atuação conjunta eintedisciplinar do pedagogo com o profissional da informação, bem como autilização da CH no processo de tratamento e cura em um hospital pediátricoem Feira de Santana, Bahia, Brasil, fundamentando-se em teóricos quedefendem essa temática.