Esta comunicação consiste num resultado preliminar do doutoramento em curso em Ciência da Informação na Universidade de Coimbra. Faz-se uma incursão sobre um caso de disputa pela custódia de arquivos em contexto intranacional (Arquivo Nacional da Torre do Tombo (ANTT) versus Governo Regional da Madeira (GRM)), partindo da análise dos mecanismos de representação da informação arquivística nos instrumentos de acesso à informação (IAI) disponíveis. Descreve-se brevemente o fenómeno de despossessão destes arquivos.

Adota-se um estudo de caso que parte da análise documental de IAI do ANTT e GRM.

Verifica-se que há 11 fundos reclamados ao ANTT, 7 dos quais se encontram repartidos entre o ANTT e o GRM, com um âmbito cronológico entre os séculos XV e XX. Os IAI analisados desmonstram que não foram concebidos com o propósito de reunificar os fundos com custódia repartida entre o ANTT e o GRM, tanto em ambiente analógico como digital.

Conclui-se com a necessidade de uma clarificação conceptual sobre o estatuto destes fundos, cuja reunificação não é somente de artefactos (analógicos ou digitais) mas também com a comunidade reivindicante.